terça-feira, 20 de novembro de 2012

FUCKING JESUS.... EMBURRECI!
Não consigo escrever um ensaio autoral. Consigo escrever artigos, redações, o que chamo de poeminhas, historietas, contos e um monte de besteiras, mas não consigo escrever um artigo autoral. Escrevo textos sérios e engraçados, mas não um artigo autoral. Talvez porque ele seja um texto de intermédio, nem um, nem outro. Talvez por que eu não saiba o que é um ensaio autoral, na verdade e em essência. Talvez poque eu não tenha opinião formada sobre tudo e não possa sair por aí escrevendo umas sete páginas a torto e a direito. 
Vale dizer "eu acho que"? Vale falar de mim como "nós"? Vale dizer "eu acho isso, baseado no que li a respeito"? Vale dizer "Cala a boca e me leia que eu sei do que estou falando! Li trocentos textos"? 
Coloquei todas as ideias no papel e, quando vi, já estava artigo. Tentei fazer virar uma de minhas historietas e nada. Era artigo e pronto! Sério demais, derramou. Transbordar não é lá coisa muito legal, já diriam minha vó, meu pai, meus amigos, professores e a banha por cima das minhas calças.
Fiquei dias lidando com aquilo e nada. Escreve muito e não diz nada. Está repetindo. Prolixa, prolixa, prolixa! Escreve muito e não diz nada. Está repetindo. Prolixa! 
Talvez eu não saiba exatamente o está acontecendo. Coloquei todas as ideias no papel. Coloquei, juro!  
FUCKING JESUS.... EMBURRECI!


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Die Welle





A autocracia não é possível nos dias de hoje?
Essa pergunta chave é que desencadeia os acontecimentos – e posteriores consequências- de um dos filmes mais surpreendentes a que assisti. Die Welle (A onda) não é lá um filme tão novo, mas –agora sei que infelizmente- ainda não tinha visto.
Nesse filme, Reiner é um professor que é obrigado a dar uma disciplina com a qual não compactua, anarquista que é: a autocracia. Ele tenta trocar de disciplina com um professor mais rígido, mas esse não concorda. Que fazer? Dar a disciplina do modo mais eficaz e competente possível.
 A aula começa com uma troca de perguntas bastante comum, do tipo “O que é para você autocracia?”, a que os alunos respondem da maneira a que estão acostumados: informalmente.
Até aí, nada de mais, exceto pela pergunta que desencadeia tudo e que começa esse texto. É por meio dela que o professor tem a ideia de fazer com que os alunos “sentissem na pele” o que é estar em um regime autoritário. Um grande experiência, não?
Dia após dia, as bases desse tipo de regime vão sendo inseridas: o líder, o uniforme, as ordens e preceitos, o símbolo, o nome, a manipulação. Interessante é notar que as ideias saem da própria cabeça dos alunos, que são incapazes de notar o tamanho da manipulação a que estão sendo submetidos com assustadora rapidez. Uma semana e o regime já está plenamente instalado e aceito pelo grupo, que tenta impô-lo não só aos alunos da escola, como à sociedade, por meio de páginas na internet, de adesivos e pichações espalhadas pelas ruas.
O desfecho da história é surpreendente e faz com que se comece a pensar na força que manipulação tem, na facilidade –em termos- que é controlar pessoas em alguma fase de desconforto (Na Alemanha real, era a destruição do país, sua economia e sociedade. No filme, são os conflitos familiares, entre amigos, entre gostos, a falta de pertencimento a uma comunidade e a falta de uma ideologia comum).
Interessante aqui –puxando a sardinha mais para o meu lado, apesar de eu odiar peixe =P- é notar o papel do professor, que tanto pode guiar seu aluno para o “caminho do bem”, como pode inseri-lo em ideologias que já não são aceitas [um dia foram?] e consideradas um passado a não se orgulhar. E, nesse caso, esse papel não só saiu do controle, como foi muito mais além disso. 



Lebenslauf (laut Partizip II)

verliebt, verlobt, verloren.

domingo, 7 de outubro de 2012

She she pop

Dedicado a Demetrius, Marília, She she pop e seus pais e a tia do alemão, né? =D



Lá fui eu tomar um ônibus, dois metrôs e mais um fucking ônibus única e exclusivamente para ver uma peça de teatro. Dessa vez, julgo eu que por pura insistência da minha parte e consideração, bondade e curiosidade da parte deles, fui acompanhada de dois amigos.
A peça era uma curiosidade só: três atrizes, seus pais não autores, na língua alemã, com legenda. Atores e não atores? Legenda em peça? Ah, vamos ver no que dá!
Sesc Santana, sábado, 06 de outubro de dois mil e doze, sete e meia da noite: enquanto esperamos, falamos de nossas amizades, do gosto de pomada que tem creme de cupuaçu com farofa de castanha (invenção minha pedir coisas que nunca comi! =P) e de nossas expectativas com relação à peça.
Graça divina -ou algo parecido- que um dia alcançarei: trocar de língua (inglês« alemão) em segundos, só para pedir licença para o desastrado da frente (aeeewwww... tinha que estar em minha companhia! =DD).
Entramos. Não era hora ainda, então ficamos discutindo a decoração do lugar, a pintura de nossas futuras casas e a questão do ridículo no uso de armação de óculos patrocinada pela Chiquinha do Chaves e suas variantes, sejam elas coloridas ou não.
E abrem-se as portas! Achar o lugar não foi difícil... esperar todo mundo fazer o mesmo foi... AH, SE FOI!
Fase do acaso: Uma família alemã sentada na fileira de traz.
Frustração: Uma meia dúzia de três ou quatro palavras (Alô, Peri! Como vai você?) entendidas. Quem foi que disse mesmo que dava para aprender alemão em uma só encarnação? Scheisse*!
E começa a peça!
Confesso que achei tudo estranho no início: A peça era bem diferente de tudo o que já tinha visto.
Câmera, trompetes, legendas, quadros e as atrizes e os não-atores no palco. Não sabia para onde olhar! Queria me livrar da legenda e ver se ponha a prova os seis longos anos escutando alemão, mas não foi tarefa tão fácil assim (Cadê C1, minha gente!?!). Desencanei, no português já quase inapropriado para minha idade.
Falando nisso….
O tema da peça era conflito de gerações. Baseada em “Rei Lear”, ela trazia as já –tão- mencionadas três atrizes e seus pais discutindo os problemas da relação entre gerações diferentes.
Nome da peça: Testamento. Esse foi o ponto de partida para o início da discussão-peça que viria.
Conflito pessoal: era para ser uma comédia, não? Cadê o riso, minha gente?! Lá veio ele: um dos pais da peça, físico (Himmeeeeeellllllll! =D), começa a explicar a expressão do amor pelo pai para ganhar um terço do reino como herança na fala das filhas de Rei Lear, a peça original, usando um esquema, um gráfico e uma derivada da somatória da matriz... Ri muito! Para mim, um dos pontos altos da peça.
Conflito pessoal: era para ser uma comédia, não? Cadê o riso, minha gente?! Lá veio o posto a ele: Em uma duas falas mais comoventes da peça, o pai diz que não acha nada engraçado expor suas fraquezas e especificidades numa peça assim, do modo como estavam fazendo. Na outra, a filha diz todos os cuidados – e com que frequência- que deverá ter com seu velho pai, quando esse passasse a viver com ela e precisasse desses cuidados. Bastante tocante.
Entre danças, risos, dilemas e duetos, a peça acabou. Sobraram as discusses pós-peça, as lembranças, a noite, o vento e a caminhada para a estação de metrô mais próxima, já que não era nem um pouco seguro atravessar a avenida correndo e ir ao Habib´s mais próximo.
Sobrou também ligar para a geração anterior nos buscar...
And then I go and spoil it all by saying somethin’ stupid like “I Love you”. 



* Escrever o danado do "estzet" aqui é sempre um problema. Logo, achei melhor utilizar os dois esses que corresponderiam à letra alemã. 





Joe, Engel, o acaso e Christiane F.

O acaso sempre fez parte da minha vida. Nele acredito e com ele tenho histórias mil para contar. Foi ele quem me fez descobrir o youtube. Foi ele quem me fez descobrir filmes inteiros no youtube. Foi ele quem me fez descobrir artigos sobre filmes alemães inteiros no youtube.
E foram o youtube e o já citado artigo sobre filmes alemães que me fizeram ver o famosíssimo Christiane F., que muito pouco ou nada tem a ver com esse pretenso texto.
Christiane F. é mesmo uma obra prima. É tudo o que falam: pesado, assustador, extremamente real e, acima de tudo, inesquecível. Não há, de fato, como passar por ele sem refletir sobre o problema das drogas, seus efeitos nos indivíduo e na sociedade e os outros males que ela acarreta ou sustenta.
Mas, como esse pretenso texto pouco ou nada tem a ver com coisas certas, nem com o Christiane F., como já disse, e sim com o danado do acaso, o que veio depois desse filme foi o que me fez escrever.
Como já é sabido até por mim, o youtube apresenta vídeos relacionados ao que você está assistindo. Não me pergunte como é feita essa relação, pois há coisas lá que simplesmente não combinam com o que você assiste no momento, ou pouco o fazem.
E de repente, lá estava eu, diante de um título bastante intrigante: Joe e Engel: A nova geração Christiane F. Fiquei super curiosa, pois acabara de assistir ao que seria o primeiro de uma –agora descoberta- série de filmes e, claro, queria terminar a tarefa.
Adianto que Joe e Engel nada tem a ver com “Nós, as crianças da estação” (Esse é o nome real do Christiane F. [da série Oi, eu sei alemão! =D]), exceto um dos, salvo engano, roteiristas.
O assunto é, vinte e cinco anos depois, novamente a juventude transviada de Berlin. Nele estão de novo as drogas, o sexo, a prostituição (por que não?). Nele são novos a gravidez precoce e algo que me fez amá-lo tanto a ponto de assistir trocentas vezes seguidas, coisa que só acontecera anos antes, com o clássico Laranja Mecânica.
Esse algo foi a delicadeza das coisas que não se mudam com facilidade e a força de vontade que elas exigem, sem se deixar ser audacioso, inquieto e deveras sensível.
Joe é uma jovem como outra qualquer, exceto pela mãe viciada em remédios e em um relacionamento tumultuado que desencadeia o vício em remédio. Cansada desse ciclo, ela resolve sair de casa e tomar conta da própria vida, levando apenas uma bolsa, um casaco, a roupa do corpo e Rasta, seu fiel cão.
De novo o acaso! É por ele que Rasta foge da dona e sai correndo, ao encontro de um grupo de amigos punks que brinca entre si numa das calçadas e vai morder justo o pé de Engel, um punk deveras sensível, em vias de largar o vício em drogas (na verdade, só se entende que ele foi de fato viciado no decorrer do filme) que mora nas ruas, pois foi abandonado pelos pais em um orfanato- coisa que a gente entende só com o filme bem adiantado.
Esse logo se interessa pela garota nada acostumada à vida nas ruas, a defende de um grupo de fascistas em um show, dá-lhe abrigo e a introduz ao grupo com quem anda. Aos trancos e barrancos, essa relação nada comum vai se desenvolvendo e vira uma paixão. Planos são feitos: Engel conta à namorada que planeja sair de Berlin e ir para o campo, onde fundará uma comunidade anarquista de subsistência e ele decide ir com ele.
 Porém, em uma briga, Joe acaba por ser estuprada (acho que poderia definir a cena com esses termos) e Engel encontra a polícia, enquanto a procura Joe pela estação de trem onde ocorreu a briga, e, ao tentar fugir dela, é atropelado.
O ponto de virada do filme é exatamente esse, pois, Joe se descobre grávida e Engel se dispõe a assumir o filho que, devido ao estupro, pode não ser dele.
Para sustentar esse filho, Engel procura emprego, mas não consegue ficar em nenhum deles, primeiro pela aparência, depois por que ninguém acredita na história “mulher e filho pequeno para sustentar”, o que o faz roubar para que Moisés não precise aprender a engatinhar em um cemitério.
Assim que consegue tirar sua amada e o filho do hospital, Engel acaba preso e Joe volta para casa, apoiada por uma assistente social, pela mãe e pelo skatista, suposto pai “playboy” do filho dela.
Engel escreve cartas mil e Joe responde apenas uma delas acabando o relacionamento, o que  o leva ao desespero total e a volta ao vício em drogas.
No Natal, Engel consegue sair da cadeia e vai visitar Joe, que decide, novamente, viver com o namorado.
É Joe quem exerce papel importante no desenrolar da trama até seu final. É ela que tem um misto de delicadeza e força para conseguir resolver todos os problemas que aparecem. Não que Engel seja um descontrolado, mas ele se revela mais sensível e carente do que ela.
 O filme todo faz esse jogo com o delicado e o racional, necessário, além de mostrar que a tal da juventude transviada pode sim, crescer e buscar o que é melhor para si. Basta a força de vontade que Joe representa, em minha opinião.
Com relação a coisas mais técnicas, das quais eu pouco sei, chamou-me atenção a fotografia, que constrói significados por ela mesma (atente-se para a última aparição de Moisés e a cena que se segue.... achei primorosa!), opondo os raros colorido e claro ao escuro e sombrio de cada cena, o que faz lembrar sim o filme anterior do roteirista.
Também chamou-me a atenção a trilha sonora, que não é o Bowie do filme anterior, mas tem músicas muito boas e muito bem inseridas nas cenas.
Clichês, como o famoso “fugere urbem” (era assim que escrevia? =D) ou “o interior é mais legal” existem, é claro, no filme. É mais uma metáfora de vida nova e superação do que de descanso, em minha opinião. Outro clichê bastante aparente é a existência da família, que aqui serviu tanto para destruir as personagens, como para guiá-las, redimindo a instituição no final.
Joe e Engel: a nova geração Christiane F. é um filme excelente, bem balanceado entre o delicado do mundo, sem ser piegas, e o seu ponto mais cruel, sem ser também um Coliseu, onde a menor menção a um polegar em riste te coloca frente a leões prontos para o banquete. É um filme extremamente envolvente.
 Você que conseguiu ler isso até agora, procure assistir ao filme e me diga o que achou nos comentários.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O efeito batom*


Pesquisa de antropóloga americana mostra que, em tempos de crise, gasta-se mais com produtos de embelezamento. Motivo? As mulheres querem atrair e seduzir homens com estabilidade financeira.
Run to the hills.... run for your lives... Mas não se esqueça: a corrida leva, em 80% dos casos, a lesões por impacto em pessoas acima do peso.

* Os dados foram retirados do suplemento Folha Equilíbrio, veiculado todas as terças-feiras pelo jornal Folha de São Paulo, com algumas alterações.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A indesejada das visitas


À minha doença e seu remédio eficaz.

-Olá. -disse eu com o sorriso amarelo falso de toda vez que ela aparecia.
-Olá! -disse ela com aquela voz de supra soprano com IMC 36,5 que só ela tinha.
- Lembrara-se do interior?- perguntei eu, convidando-a para entrar, com uma vontade de concluir a frase com um "pensei que você tinha esquecido daqui e de mim para sempre e quase comemorei por dias ininterruptos"
-Jamais!
Eneida Xavier Queirós de Camargo era uma mulher tão irritante e difícil de aguentar quando o seu nome pomposo e grande.  Tudo nela me irritava, pois era um exagero só: Todos os tamborilar de dedos sobre uma superfície de madeira eram sons altos, as luzes eram extremamente luminosas, o falar doía aos ouvidos de tão estridente e tudo era uma dificuldade e morosidade de fazer inveja a qualquer lesma. Mas eu acho que o que me irritava mais é que tudo isso era muito contagiante e era só ela chegar para as coisas ficarem exatamente do jeito dela.
A única coisa que posso dizer que era boa em sua visita era quando ela ia embora. Primeiro porque ela ia embora. Segundo, porque seu marido, Cesar Fabrício Linz de Camargo, vinha sempre buscá-la. Ele era um senhor estranhamente agradável- um contrabalanço interessantíssimo. Seu nome era igualmente pomposo e difícil de aguentar, mas era só. Suas conversas sobre solidão, silêncio e escuridão eram um encanto, embora eu não pensasse a respeito com frequência. Um acalento por suportar sua mulher enquanto ele dela descansava... 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Escrever, escrever, escrever sem parar. Nadar, nadar, nadar. Nadar num mar de sentenças e incertezas, munido ou de velhos riscos ou de novos deletes, mas, sobretudo, nadar. Feliz dia do escritor!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tecendo [sacou, sacou?] brevíssimos comentários sobre o novo Spiderman


Não sou o tipo de nerd que sabe histórias em quadrinhos de cor [acho uma dádiva ler, discutir AND fazer cosplays, mas eu não tenho lá muita informação sobre/paciência] e nem sei de onde isso veio, mas ando assistindo a muitos filmes de super-heróis. 
Obviamente, o último foi O Espetacular Homem Aranha: um título presunçoso, diria eu - e o colunista chato que li ante de ver o filme-, mas que atiçou minha curiosidade.
Depois de me aventurar na terra da garota, sem lenço, documento, bilhete único AND guarda-chuva, cheguei a cinema. Antes li a supracitada "coluna do chato" e uma outra de um ser bonzinho -deve ser parente da tia da Literatura, pois achou tudo lindo. Não lembro exatamente o que diziam ambas, mas a segunda me deixou menos lembranças do que a primeira. Dizia ela que o filme era extremamente emocional [It´s the old mamão com açúcar], quase psicologia barata, pois era tudo, mas tudo mesmo interligado [o também velho trinômio causa-consequência-explicação, não necessariamente nessa ordem] e que o vilão não convencia. 
De fato todos os argumentos são, para mim, válidos: o filme tem muitas cenas extremamente chocantes e que me fizeram encher os olhos de lágrimas (para quem me conhece enquanto telespectadora, deveras surpreendente).
A estruturação do filme em causa-consequência-explicação realmente é fastidiosa, mas não diria que é exagerada, pois nada nesse filme, com base no olhar leigo que para ele poderia dar, o é. 
O vilão realmente não convence e é, por vezes risível [QUE VONTADE DE DESCREVER UMA CENA SPOILLER.... ME SEGUREM!], mas é verossímil, bem como as teias de aranha do nosso herói, que agora fazem muito mais sentido do que antes. Sem contar que, que.... seu final é uma surpresa só. 
Porém, nem só de reclamação vivem os críticos [e eu =D]. Há que se destacar o importante papel do diálogo no filme [uma fofura quando se trata de Gwen e do nosso herói] e o bom uso de uma das minhas figuras de linguagem favoritas: a ironia: há cenas em que eles dão um viés totalmente cômico ao filme. Sim, você pode -e bastante- rir bastante nesse filme.
A trilha sonora, embora composta por poucas músicas -3 ou 4, na verdade- e embora não sendo músicas que me fizessem cantar no meio do cinema [pobre Alice!], também exerce um papel muito importante dentro da trama: ela é responsável por dar liga às cenas, clareando seu viés ora cômico, ora emocional.
A fotografia também é um caso à parte: muitas delas tem uma beleza incrível, são mesmo excelente e te deixam cada vez mais dentro do filme [ou seria a versão em 3D?] quem, aliás, é difícil de deixar de lado [Oi, eu saí praticamente expulsa do cinema, de boca aberta, quase correndo para escrever isso numa mesinha da café. Oi, sou normal... eu acho!].
Outra coisa que me surpreendeu foi o papel da mocinha [nem sei se vale por isso aqui.], que de mocinha não tem nada. Achei a Gwen muito mais independente, participativa e decidida do que os outros pares românticos de super-heróis que já vi: ela não fica esperando ser salva por ele, embora saiba que pode contar com isso, e mesmo ajuda bastante na resolução do problema. AMEI.  
Título presunçoso? Não para mim!

ps: Escrever um texto sobre um filme sendo leigo já é ruim, mas tentar não contar spoillers é ainda pior.
psII: Se puder, assista ao filme em 3D. No começo você achará que não valeu a pena, mas vai mudar de ideia razoavelmente rápido.
psIII: Se você ainda não se acostumou a ficar até o final dos créditos dentro da sala em filmes de super-heróis, fique desta vez! Tem ceninha depois =D

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Weekend


"Eu quero me redesenhar, mas alguém sempre fica escondendo a porra do meu lápis".


Acabo de ver Weekend, um filme indicado por um amigo.
A história é de um casal gay masculino e de seu encontro inusitado pelos pubs LGBT [lá eles usam essa sigla ou outra parecida?] de Londres e, obviamente, da relação que surge então.
O filme é muito bem construído, com cenas extremamente tocantes, o que me fez pensar que faria muito sucesso, não fosse pelo inusitado [oi?] casal protagonista.
E é também disso que o filme fala [ou falou para mim]. Trata-se de uma discussão delicada do que é ser gay para si e para os outros.
Glen é muito bem resolvido. Se assumiu aos 16, dando um grande foda-se (sic!) para o mundo, a própria família e o que eles poderiam vir a pensar "It doesn´t matter" (Say it with british accent!), vivendo de acordo com o que acredita.
Russel é um rapaz ultra [cabe aqui? Acho que sim!] romântico, um doce. Não tem família, mas tem UM grande amigo – que, aliás, protagonizará uma das cenas mais bonitas do filme para mim. Tem um medo de se assumir completamente por causa do mundo ao seu redor – o que, para mim, acaba por se revelar mais uma paranoia pessoal do que, digamos, um perigo real-, mas se sente bem sendo gay. É só quando precisa trabalhar, sair, que dá uma indigestão. Nada tão assustador...
Quanto aos outros, fiquei surpresa! O filme retrata a história com uma normalidade que chegou a me assustar, tendo em vista os horrores que se vê fora das telas: Pessoas, ser gay é normal! Pasmem, mas é! E sim, é possível ter, “apesar de” uma vida descente. E amar. E ser romântico. E ter amigos. E ter, inclusive, uma afilhada... olha só!
É quando essas duas atmosferas se encontram e se embatem [Glen quase não entende porque Russel é tão, digamos, recalcado, embora ainda seja um exagero empregar tal palavra] que a mágica acontece: é possível observar ali, nos debates entre as duas personagens, os medos, as opiniões e o modo como encaram a sua orientação sexual. Também há um gravador e uns arquivos do Word feitos por Glen e Russel que, se eu falar mais, acabaram com a beleza da descoberta.
Dois dias. Dois dias é o que eles têm para mudar um pouco cada um- quem vir o filme notará que é uma mudança sutil, mas verdadeira. Dois dias não é nada e é tudo. Dois dias não dá para conhecer ninguém?
Dois dias e um final nada comum, para quem mais vê filmes hollywoodianos [veja bem, não falei mal, hein?] do que europeus, mas um final maravilhoso e bastante poético.
Só há um contraponto nessa história toda: as drogas. Sim, eu sou careta à beça, mas esse não é exatamente o caso. Tentei pensar com a mente Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo [disso]! dos “haters”: dirão eles que tudo é culpa das drogas e das bebidas, que pessoas em sã consciência jamais fariam isso... Bem, posso estar exagerando, o que não seria novidade, mas eu realmente achei que esse é o ponto mais fraco dessa narrativa, o que não me impediu de vê-la até o final e de sim, indicá-la.
Um filme fantástico.... Vale a pena.

Mais informações, aqui [link em inglês].

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dos fragmentos do Caos


"- Não pode ser bom você chegar ao ponto de ter que abandonar até o que há de ruim por dentro e por fora para poder começar a redesenhar tudo o que foi perdido no desenrolar dos acontecimentos.
- O que há de bom ainda permanece. Permanece?
- Não precisei abandonar, ele foi embora sem eu fazer muito esforço.
- E o que pode ser feito sobre isso?
- Pensei na possibilidade de sentar e chorar, mas a efetividade disso é tão falha quanto esperar o tempo resolver as pendências. O tempo não resolve nada, a lágrima não resolve nada, a espera só piora todas as coisas. Esperança talvez seja a pior coisa a sentir, acreditar é a pior das virtudes. Agora é hora de levantar dessa cadeira e, já sem nada dentro de mim, começar a destruição. É o único modo que eu vejo para poder conseguir caminhar."


Das entranhas estranhas de Ane Battagy.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Pequenos relatos


O que vai na sua mente?
1947. Sou pintor e arquiteto frustrado. Gosto de música clássica. Aparentemente sofri abusos quando era criança – isso talvez explique as altíssimas pesagens de cocaína ingerida. Tentei ser fértil- isso explica as injeções de sêmen de boi. Cansei. Resolvi dar a volta por cima: esperei uma crise, fiz meu melhor discurso, agreguei milhões de fiéis escudeiros, construí salas sem janelas, mas com uma circulação de gás maravilhosa. Matei muitos. Teria dado certo, não fossem os falsos aliados e um bando de estrangeiros demasiadamente polidos.
O que vai na sua mente?
Mil novecentos e noventa e dois, aproximadamente. Sou um motoboy de 29 anos muito do feio, mas ambicioso. Resolvi sair para pegar geral, mas a 125 era muito down. Resolvi pegar uns carros mais legais, umas motos mais bacanas. Comi muitas, apesar dos gritos de insatisfação. Irritei-me e matei a maioria delas. Teria dado certo, não fossem duas franguinhas que conseguiram escapar com vida.
O que vai na sua mente?
Sou uma adolescente mimada com curso de direito no meio, um namorado, um cunhado e um seguro de vida muito do satisfatório. Cansei. Chamei namorado, cunhado. Peguei algumas armas e a chave do quarto. Os matamos enquanto dormiam. Fiz cara de inocente. Teria dado certo, não fossem os vizinhos e empregados enxeridos.
O que vai na sua mente?
Jesus. Jesus salva, mas cobra. Cobra pouco, isso é verdade. Eu não tenho dinheiro para o dízimo do mês. Papai e mamãe não acreditam. Pedi mesmo assim. Não me deram. Matei. Matei porque Jesus salva, mas cobra. Teria dado certo, não fossem os vizinhos enxeridos.
O que vai na sua mente?
 Pecado. Salvação. Alguns dizem que Jesus salva. Eu digo que Ele me deu esse poder. Carnívoros. Receitas. Salvação. Matei, comi. E não me arrependo... era a única forma de purificação. Teria dado certo, não fossem as famílias excessivamente preocupadas.
O que vai na sua mente?
Já fui enfermeira, agora faço direito. Cansei. Resolvi ser dona de casa: casei com o herdeiro de uma das maiores empresas de alimentos do país. Um golpe de mestre. Um belo tempero! Cansei de novo. Resolvi adiantar o dinheiro do seguro de vida. Queria fazer uma pequena viagem. Simulei uma briga, mandei mensagem para o cunhado, piquei em pequenos pedacinhos, como manda a boa e bonita culinária, arrumei as malas e fui. Teria dado certo, não fossem as companhias de telefone.
O que vai na sua mente?
Tenho vinte e quatro anos. Chove. Já fiz meu único compromisso de hoje, que é dar comida ao cachorro. Nada mais sobrou para fazer. Teria dado certo, não fossem a Tv e as revistas. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012


Palestra transcrita do Ziraldo, caderno Tec. Ambas da Folha de São Paulo. Ambas adoradas por mim (principalmente pela ideia da última de fazer uma sinestesia- a matéria começa com um texto jornalístico ‘comum’ e acaba com quadrinhos). Ambas versando sobre o mesmo assunto: os idiotas da intenet.
Perigo! A internet é uma tia velha e bem intencionada que só faz errar seus gostos e estreitar suas possibilidades. Seguí-la é uma coisa estranha, que te leva a mares nunca antes questionados a navegar.
Se antes não conectado era ser o ‘babaca’ da vez –out!-, hoje parece cool –in!- Pelo menos foi a primeira coisa que veio à minha (talvez narrowminded) cabeça. Isso me leva a um questionamento: a moda agora é... DESLIGAR O COMPUTADOR?
Se for, mais uma vez a mídia nos diz o que fazer. NÃO ENCHA O SACO, TIA VELHA! Ops, má educação. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

É o caralho!


Vocês são todos bonitos, compreensivos, amorosos et cetera e tal. No fundo vocês andam por aí não devolvendo troco a mais, dirigindo sem carta, bebendo o quanto podem, xingando todo mundo- mentalmente, porque os bons modos dizem que externar esse tipo de coisa não é de bom tom-. Gente grande. Gente bonita. Gente inteligente, estudada, bem-sucedida, honesta, meu deus, quantas qualidades!
Por favor,  vão para a puta que o pariu, cretinos. 
Ops, larguei a máscara! 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sua canção do exílio


Levantou-se de supetão. Sete e nem tanto da manhã num dia desses, errado como outro qualquer que, se fosse sexta seria, obviamente, treze.
Pegou a mala, colocou as roupas dentro. Coube. As roupas não eram muitas, a certeza era uma só e as lembranças, mil.
Perhaps you´d care to say, exactly how you feel...
Du hast mir versprcohen, nicht traurig zu sein.
- Alô? Eu queria saber quanto tá o armário? – Me diga você quanto vale tudo que um dia esteve dentro dele!
Perhaps you´d care to say, exactly how you feel...
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein.
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein.
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein.
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein.
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein...
A Semiótica diz que tudo o que é importante deve ser repetido. Os erros são importantes, logo...
 Onde foi que lera isso mesmo? Não se lembra, mas lembra de ter dito isso em voz alta certo dia, quando trocou o CSI Miami pelo Las Vegas na segunda vez seguida, e ainda teve sua resposta considerada certa - A verdade sempre aparece!-.  
A Semiótica diz que tudo o que é importante deve ser repetido. Os erros são importantes, logo...
Ah, é mesmo! A palestra... A palestra, Ravel, seu bolero... Bolero de Ravel: Aquela música que repete a mesma frase com intensidades diferentes e, cada vez, com um instrumento novo.
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein.
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein!
...
Tinha um jeito estranho de rir de tudo, mas, como diria Hugo e Frejat, cantores a seu modo, rir de tudo é desespero. Da própria desgraça então...
Gostava daquilo acima da liberdade, inominável ainda e, é claro, de Clarice Lispector e suas frases feitas clichê... Lori e Ulisses ao mesmo tempo, vivendo um ‘apesar de’ eterno.
Um ‘apesar de’ eterno.
 Ulisses... ah, as paixões! De novo muitas, e- pasme!- de novo, uma certeza só. Uma certeza só.
-Ligue-me quando e se puder.
Êta Lori besta, sô!
Sagitarianos... Não interessa se são também ucranianos ou não... São todos loucos! Todos! Todos eles! Loucos tidos como inúteis, assim como qualquer log de a mais b em álgebra de colegial ou aliteração simbolista em épocas da literatura ocidental e, por isso mesmo, divertidos.
Ou cretinos, cretiníssimos, quando você deixa de tentar entendê-los.
Du hast mir versprochen, nicht traurig zu sein.
Es hast du mir versprochen.
Du hast mir es vesprochen
Mir hast du es versprochen
A Semiótica diria que...

sexta-feira, 30 de março de 2012

Brincando de trovador.

À Fábio Gerônimo Mota Diniz


Porque és Ferreira,
ferro é o metal que contigo combina.
Não, esta não é minha sina!
Se dos metais vim,
vim da mais alta linha,
da nobre,
A- line!
"- Tenho a impressão de que você está caminhando para alguma espécie de queda... uma queda tremenda. Mas, honestamente, não sei de que espécie (...). Talvez da espécie que faz com que a gente, aos trinta anos, se sente num bar e odeie todo mundo que entra com jeito de quem jogou futebol numa universidade. Ou, então, você conseguirá instruir-se bastante para odiar todo mundo que diz 'É um segredo entre mim e você'".

SALINGER, J.D. O Apanhador no Campo de Centeio. 16 ed. Tradução de Álvaro Alencar, Antônio Rocha e Jório Dauster. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 2000. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ela nunca entendeu porque sempre que era mais igual, era mais difícil de juntar. Nunca pareceu tão paradoxal...
Não que fosse mimada, longe disso. Sempre odiou os mimados, os atores de filmes B e os coitados. Também odiava os rebeldes sem causa, embora achasse as poses atraentes. O caso é que, para ela, era difícil algo como o impossível- para os outros, realidade-, o ‘não dá’, o ‘não é bem assim’, etc etc etc e tal.
Como assim não dá? Tem que dar! O mundo sempre foi feito de impossibilidades desafiadas por loucos. A maçã que cai porque há força que a puxa para baixo, a terra que não é nem plana, nem o centro do universo, e sua preferida: o tempo que, para um é um; para outro, outro tempo ainda, às vezes mais curto, às vezes mais longo. Adorava isso! Uma fantasia imensa!
Eles simplesmente eram tão iguais, que já era difícil imaginar um sem o outro. Nascidos em lugares diferentes, em famílias diferentes e juntos pelo tempo, pelo acaso, pela vida e por uma sogra professora.
Tão iguais, tão complementares, tão eles mesmos! Uma beleza! Uma beleza mesmo.
Se sentia uma velha por causa de frases como as escritas acima, mas era assim mesmo que ela se sentia: com uma vontade imensa de apertar as bochechas dos dois e convidar para sentar e tomar uma xícara de café.
O caso é que não se sabe mesmo porque, mas o café por lá anda mais amargo que o normal, embora ainda tenha açúcar. Seria mesmo questão de medida?
Ela nunca entendeu porque sempre que era mais igual, era mais difícil de juntar. Nunca pareceu tão paradoxal...
Três meses sem se ver ou mais e assim se fez, assim é. Ou deveria ser. Muito triste. Para os três. A moça-velha com as xícaras de café e o tricô que nunca soube fazer, e o casal tão igual, tão eles, tão juntos e tão paradoxais... uma tristeza!
"O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto..." (Fernando Pessoa)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Meu último livro

Finalmente acabei um dos livros que mais demorei para ler, pelo que minha memória pode agora me dizer.
O que eu tenho a comentar sobre o Mentes Perigosas? Muito pouco, na verdade. 
Quando abri as páginas do livro, achei que seria mais uma daquelas viagens maravilhosas através dessa coisa que comanda tudo: o cérebro. Decepcionei.
O livro fala sim de cérebro, de comportamentos, da mente humana em si. Traz relatos interessantes sobre como funcionaria a mente de um psicopata, quais são os possíveis motivos  desse comportamento e qual seria também sua origem, além de exemplos bem famosos e ilustrativos. Porém, algo me incomodou.... e muito!
Por mais que a autora insista em dizer que não é um livro para deixar todo mundo com a famosa "mania de perseguição", essa foi a atmosfera que permeou toda a minha leitura. Fechei o livro com a sensação de que todos ao meu lado são psicopatas de fato ou em potencial. Estranho!

E eu não tive vontade de virar amiga da escritora só para poder telefonar quando desse na telha...

SILVA, Ana Beatriz Barbosa.  Mentes Perigosas- O psicopata mora ao lado- Ed. de bolso.- Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.



sábado, 3 de março de 2012

Coisas erradas e alguns comentários

  • Blusa e calça compridas, mas justas, são roupas sexys (plural danado!) e provocativas. O quê você me diz, compadre Washington?
  • Dicionário está em vias de sair do ar acusado de racismo por explicar o uso pejorativo da palavra "cigano". Qual é a função de um dicionário mesmo? O mesmo objeto responde: "compilação completa ou parcial das unidades léxicas de uma língua (palavras, locuções, afixos etc.) ou de certas categorias específicas suas, organizadas numa ordem convencionada, ger. alfabética, e que fornece, além das definições, informações sobre sinônimos, antônimos, ortografia, pronúncia, classe gramatical, etimologia etc. ou, pelo menos, alguns destes elementos [A tipologia dos dicionários é bastante variada; os mais correntes são aqueles em que os sentidos das palavras de uma língua ou dialeto são dados em outra língua (ou em mais de uma) e aqueles em que as palavras de uma língua são definidas por meio da mesma língua.]"
  • Cinema com todos os filmes dublados. Muito difícil mesmo seguir a legenda. PHD neles! 
  • Supermercado vendendo colher de sopa como colher de chá. Vem cá moça: Qual o tamanho da xícara?
  • Gente que quer tudo igual, de vestimenta a pensamentos. Cadê o resto da soma?
  • Ônibus aumentando a passagem. Vem cá, que tal chegar no horário de vez em quando?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O que eu aprendi sobre viagens

Alô você que lê essa coisa toda: Não, eu não dei para o blog o mesmo destino de seu endereço... AINDA!
O caso é que fui fazer uma viagem, que incorporaria as cidades de Tarrytown, Nova Iorque, Miami e Orlando. Aqui vai uma lista de pensamentos e conclusões que essa viagem me fez ter:


  • O ditado popular "Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento" vale para pessoas, instituições, cidades, estados e países.
  • Escolher uma viagem de acordo com seu perfil pode parecer uma besteira enorme, mas é extremamente necessário.
  • Planejamento economiza muita grana e paciência. 
  • Organização também economiza muita grana e paciência.
  • Paciência, muita paciência é necessária. MAS MUITA PACIÊNCIA MESMO!
  • Walgreens salva vidas em perigo.
  • 4 horas fazendo compras e 3 horas no Museu de História Natural...
  • É possível fazer amizades em um mês
  • Gingerale é a melhor bebida não alcoólica do mundo.
  • É possível fazer inimizades em um mês.
  • apesar do título de atriz, ainda não consigo disfarçar o contentamento. preciso trabalhar melhor isso.
  • Os espetáculos da Broadway merecem o nome que têm.
  • Washington foi a melhor parte da viagem. Queria ter tido mais tempo para os museus e lugares públicos que deixei de ver. 
  • Hard rock café é uma beleza, apesar de não venderem mais os coletes jeans.
  • Paciência, muita paciência é necessária. MAS MUITA PACIÊNCIA MESMO!
  • 4 horas fazendo compras e 3 horas no Museu de História Natural...
  • Esqueça todos os parques da Disney... o Busch Gardens é o melhor parque do mundo.
  • Esqueça seu medo de montanha russa. Ande sempre com o bando de fpd certo! suhuaHSAUhsaush! (ps: Esse fdp foi com carinho, pessoal!)
  • Para você cujo sonho é ter um golf: Isso é carro popular nos EUA. O negócio mesmo é Mustang, Camaro e Honda Civic.
  • As pessoas tem tantos eletrônicos que podem andar sossegadamente com eles pelas ruas. Ninguém se dará ao trabalho de roubar.
  • Para você que reclama do transporte público: O metrô de São Paulo é muito mais novo, limpo e confortável do que o de Nova Iorque.
  • Para você que reclama que eu como mal: se pudesse, daria para você uma passagem para o país onde os pequenos lanches tem mais que 500 calorias e são acompanhados por um "copinho" de 750ml, com direito a refil.
  • Paciência, muita paciência é necessária. MAS MUITA PACIÊNCIA MESMO!
  • 4 horas fazendo compras e 3 horas no Museu de História Natural... (vocês viram que eu fiquei feliz pra carapiiiiiiiiii com isso né?)
Classificação da viagem: Ruim.
Conclusão: Preciso de um outro intercâmbio para tirar a prova. Alemanha talvez?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Acordar cedo, carregar tudo, viajar. Andar para lá, para cá. Sentar-me e me deixar levar.
Não era janela, mas eu podia esticar o pescoço e ver. Passeio curto à velocidade aceitável. Arranque and than....
Can't keep my eyes from the circling skies
Tongue-tied and twisted just an earth-bound misfit, I

Atrás da asa, consegui ver o céu aparecer, com suas nuvens que mais parecem algodão doce. Dá mesmo vontade de soltar o cinto, abrir a janela e simplesmente sair pulando por cima delas. Just like a child!
Tensão. Guardas... We are supposed to show a large number of documents.... Not so confortable...

Mais uma viagem. Desta vez, meus companheiros são a velocidade alta, as luzes e o céu de Miami. Speechless!

Now I´m here! It´s gonna be fun, fun, fun!

New York is fantastic!

Tan tan tan dam dam tan tan tan dam dam...

Times Square, Rockfeller Center, Grand Station Center, 5th Ave., real winter...

Tan tan tan dam dam tan tan tan dam dam...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

E você reclamando das aulas de origami, porque nunca soube o que fazer com isso na vida prática.
Peguei um pedaço de papel, que deve ter sido um envelope outrora, mas era duro o suficiente para meu ‘propósito do dia’. Recortei.
E você reclamando das aulas de origami, porque nunca soube o que fazer com isso na vida prática!
 Colei os dois triângulos de base reta que obtive depois do recorte. Escrevi meu nome nele.
E você reclamando das aulas de origami e de geometria, porque nunca soube o que fazer com isso na vida prática.
 Passei cola em todas as linhas, para que meu nome não saísse, nem manchasse. Depois, fiz um pequeno furo na lateral e passei um barbante por ele, dando um nó nas duas pontas.
E você reclamando das aulas de origami de geometria e de artes, porque nunca soube o que fazer com isso na vida prática!
Tchã- rã! UMA ETIQUETA!                   
E você reclamando das aulas de origami de geometria e de artes, porque nunca soube o que fazer com isso na vida prática...