quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Baratas... baratas são bichos interessantes. É claro que não as comeria feito ostias, nem gostaria de acordar tranformada em uma, com nome e sobrenome estrangeiros.
Tenho nojo delas, como parece ser característica de todo ser com duplo cromossomo X. Mas é um nojo tolerável.
Baratas me indicam quando devo deixar minha pregüiça de lado e encarar o destino cruel e árduo de limpar o meu quarto (sim, minha mãe, tão asseada e- sic!-, maternal, ficaria horrorizada com a leitura dessas linhas, mas fato é fato).
Baratas também me fazem heroína: Cláudia se alegra quando mato uma delas e até me canta a música do Super-homem!
Não gosto de matá-las. Acho que, como todo ser vivo, fazem parte da cadeia alimentar e contribuem para o equilíbrio- que já está pendendo para o caos há anos- da terra... Ou porque elas também são bichinhos de deus e eu como cristã deveria amá-los... Mas ainda voto no "crec" insuportavelmente incômodo e na gosma que ele pressupõe: um simples caso de limpeza- mal ae, mãe!
baratas também me lembram as aulas de Biologia do colegial. Meu professor, mais aloprado do que qualquer ser dentro daquela classe, costumava dizer que elas poderiam ser ampliadas em tamanhos gigantes e se tornar vilãs do Jaspion. De fato, observando hoje o seriado, acho que ele tinha razão!
O ser com nome de cachorro e aparência de protagonista cowboy de desenho animado da Pixar para crianças e adultos, cujo final do terceiro filme quase me pôs em prantos, também dizia que, caso houvesse uma guerra com bombas nucleares e toda essa parafernália, elas seriam as únicas a sobreviver. Justo elas, que são mortas por mim, com um simples pisão tamanho 38, seguido de um arrepio ocasionado pelo "crec" e de uma cara de repugnância pela gosma deixada por elas no chão, tudo sob uma trilha sonora de Super-homem... Pseudo fragilidade?
Baratas também me lembram meu assunto favorito: música. Porque a gente pode sempre ser desprovido de bom senso e de capacidade mental- ok, momentaneamente e, às vezes, com a ajuda do diabólico álcool- e começar a cantar "Toda a vez que eu chego em casa/ A  barata da vizinha tá na minha cama".
Mas se você for um idiota mais provido de capacidade- sic!- do que o idiota anterior, certamente quererá mostrar seus conhecimentos de uma segunda língua e cantará " La cucaracha, la cucaracha/ Ya no puede caminar"
 E não é só isso! Você pode ser tão sem noção quanto os dois idiotas anteriores e começar a cantar "Eu vi uma barata ta" quando uma dessas cruzar seu caminho!
Sendo assim, meu caro, a próxima vez que encontrar esse ser castanho-ágil-nojento-voador, pare e deixe-o passar: Baratas são rainhas!

2 comentários:

  1. Um "q" de questões budistas aqui, eu vejo! Ótimo texto, muito divertido e objetivo.

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  2. haushaushaushashus! Q de questões budistas... ahushasuahs! Gostei!
    Obrigadinha! XD

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