sábado, 21 de maio de 2011

Andei xeretando na Internet e me deparei com esse texto. Leia! Sem Mais.
http://janeladecima.wordpress.com/2011/05/02/namore-uma-garota-que-le/

quarta-feira, 11 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

Para quem vai?

Hoje acordei relativamente cedo. Deixei-me estar mais um pouco na cama, como e costume, a me situar a respeito de data, hora e tarefas a serem feitas. Foi então que me lembrei que hoje é feriado: lembrei-me de todas as pessoas que abraçarão suas progenitoras- por obrigação ou não-, almoçarão junto com elas e sorrirão pelo resto do dia. Então me lembrei que serei incapaz disso e deixei minha vista ser embaçada pelas lágrimas, mais do que já é pela miopia; mexi em cicatriz velha, já feia pelos anos de desassossego. 
Não sei ao certo em que momento isso aconteceu, mas parei. Parei, enxuguei o rosto e pensei: eu realmente não tenho mãe? Mentira, tenho sim! Pode não ser a mais comum, mas é mãe.
Então pensei naquele- não, não troquei o gênero por pura distração- que vai estar sempre com o carro parado no Terminal Tietê, depois de enfrentar a sensibilidade à luz e o astigmatismo em grau avançado, pronto para uma conversa sobre multas de trânsito, carros, alta velocidade, mandados do JEC, shows de heavy metal, bolsas de extensão universitária, cursos de alemão de férias, intercâmbio para a Inglaterra, Brahma, jogo do Santos... Tudo isso ao som de Queen.
Pensei naquele que sempre terá o melhor molho com lingüiça "fininha, importada e 'quente'" para macarrão do mundo, além do tempero mais fantástico do universo: aquele que você acha que não vai dar em nada, mas faz o melhor lombo assado da Via Láctea.
Pensei naquele que, ao atender uma ligação histérica, chorosa, descrente e enlouquecida, apenas responde, sem a mínima alteração de voz: "Filha, o Paraíso deveria, mas não existe. Isso não é nada... Até parece que morreu alguém"! E então começa um pequeno seminário com tudo o que sabe a respeito do tema. E se você continuar a reclamar, ouvirá um "Para mim é fácil... São só 300km... se preciso, eu vou aí". 
Pensei naquele que pega o velho Fusca e vai ver como está o carro novo batido e diz que "Não é importante, se ninguém se machucou", enquanto a motorista corre em círculos, chutando guias, pensando em "quanto vai ficar essa brincadeira, deus?!".
Pensei naquele que dá trabalho, que às vezes chega em casa com o cheiro enjoativo de cevada e nicotina, com a fala mole de eriçar nervos. Também falo da autoridade que dizia, no lugar de qualquer elogio, um "Não faz mais do que a obrigação". Falo também daquele que liga para ir buscá-lo em Ibiúna porque o carro quebrou; daquele que não marca consultas nem leva receitas para a farmácia de manipulação sem mim; daquele que quase não sabe o número das roupas que veste porque sou eu que as compro. 
Pensei naquele que dá broncas pela desorganização, pela impaciência, pela importância dada à quem ou ao que não merece tudo isso; pensei naquele que fala três vezes a mesma coisa num curto espaço de tempo, que se preocupa, que se esforça, que liga só para saber como vão as coisas...
Depois de tudo isso, parei. Parei e me perguntei o que seria isso se não o que se comemora hoje: ser mãe. Por isso, hoje dou parabéns àquele que tem funcionado como agente duplo há anos, sem descansar: meu pãe... ops, pai!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sempre achei que ausência não era boa resposta. Sempre achei que o silêncio e o branco necessitavam de algo a mais. Para o silêncio, uma nota, melodia ou harmonia. Para o branco, um rabisco, uma cor.  Mas foi teu silêncio que me fez ouvir; foi tua tela branca que me fez ver. Meu silêncio tem outro ritmo, meu branco é tela que precisa de cor: verde, amarelo, vermelho! Seu branco e preto jamais suprirá meus desejos de artista, jamais será o caminho rumo à pintura perfeita. Minha aquarela tem matizes que jamais passarão pela sua imaginação, jamais serão do seu conhecimento. Minha escala tem tons divino-demoníacos a passear pelo ar. Outra esfera, outros rabiscos...