domingo, 9 de outubro de 2011

Araraquara rock 2011, segundo dia

Logo tirado do site oficial

Para quem não esperava nada e foi só porque não tinha nada para fazer – que minha orientadora não leia isso!-, a noite de ontem do Araraquara Rock merece nossos dedos indicador e mindinho em riste e aquela famosa cara falsa de mal- “é natural do homem a capacidade de imitar” maooooee Aristóteles maneiro! Literalmente, uma porrada. No sentido mais tradicional da coisa, pois não faltaram nem cotoveladas, nem corpos se batendo falsamente (Meu querido bate cabeça que eu não podia deixar de entrar)-não se assuste: se não quiser participar, é só devolver a porrada e está tudo certo-, vocais guturais, pedais duplos e muita, muita guitarra distorcida.
Metaforicamente, os shows de ontem também foram uma porrada só: começamos bem, com um cadeirante como baixista. Passamos por um guitarrista novíssimo, mas fazendo o serviço que muita gente grande não faz, por uma mocinha de 1,60m, com maquiagem à la David Bowie cantando Avenged Sevenfold e fazendo marmanjos de 1,80m pirarem com muita, mas com muita propriedade. Alô você que acha que somos adolescentes agressivos, sisudos e praticamente autistas dentro de nossa própria curtição irreal de dizer sim ao som com um movimento rápido e contínuo de nossas cabeças: Isso está bom para você ser convencido do contrário ou eu vou precisar falar mais?
Vou precisar falar mais? Ok.
Por onde começarei? Pelo pessoal do rockabilly e do emo que andava tranquilamente no meio dos Canibal Corpses da vida? Pela mocinha com vestido rosa de bolinha prostrada de pé, perto do palco, sem nenhum arranhão? Pelo rapaz com a camiseta do Black Flag sossegadamente transitando por lá? Está bom, né?
Gosto de ir a shows com as músicas que conheço e descobrir o resto lá. Faz mais sentido, a meu ver. E foi assim que vi a banda mais esperada da noite- e a mais levinha de todas, dado ser classificada como de metal melódico- Hangar. Trata-se da banda de Aquiles Priester, nome que nós, os iniciados, ouvimos com muita reverência- O baterista do Angra! Porrada mais uma vez: o show foi uma profusão maravilhosa de técnica, atitude, velocidade, peso, energia sentimentalismo –te peguei!- conversas com o público- te peguei outra vez!- e muita, muita simpatia.
Ao final, um presente para essa que vos fala: um cover muito bem realizado de nada mais, nada menos do que Painkiller do Judas Priest que fez com que ela fizesse um simpático ângulo de 320 graus entre o chão e o céu e elevasse sua voz às entidades mais longínquas- coisa que teve que agradecer ao baixista depois-... demônios expurgados... Porrada!
A última porrada da noite, se é que se tinha força para mais uma, foi a simpatia da banda principal ao dar autógrafos, tirar fotos e escutar as besteiras que a gente fala aos ídolos, quando os vê de perto. Coisa que essa que vos fala não se livrou de fazer. Porrada, porrada, porrada. Amei! \m/

Miniconto: 
Vocalista mais novo- “estou há três meses na banda”- e uma tiete tímida:
Tira uma foto comigo?
Mais claro que sim. Adorei seu cabelo... muito lindo!
Ah, valeu... valeu *fica vermelha, sorri e recebe um beijo na bochecha*
Obrigada, foi um belo show.
Obrigado você! 

2 comentários:

  1. Que bom que empolgou assim, fico feliz que o meio musical ainda consegue misturar tanta coisa diferente em perfeita harmonia caótica e todo mundo se diverte.
    Observação: acho que você tem que começar a usar seu cabelo com pega-rapaz, haaa! *mãozinha de trocadilho*

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  2. Das Chaos sei willkommen, denn die Ordnung hat versagt. Ráh!
    Temos um ponto a mais para deixar meu black cada vez mais power.... *mãozinha de trocadilho*
    Obrigada pelo comentário, querida! =)

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