sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tecendo [sacou, sacou?] brevíssimos comentários sobre o novo Spiderman


Não sou o tipo de nerd que sabe histórias em quadrinhos de cor [acho uma dádiva ler, discutir AND fazer cosplays, mas eu não tenho lá muita informação sobre/paciência] e nem sei de onde isso veio, mas ando assistindo a muitos filmes de super-heróis. 
Obviamente, o último foi O Espetacular Homem Aranha: um título presunçoso, diria eu - e o colunista chato que li ante de ver o filme-, mas que atiçou minha curiosidade.
Depois de me aventurar na terra da garota, sem lenço, documento, bilhete único AND guarda-chuva, cheguei a cinema. Antes li a supracitada "coluna do chato" e uma outra de um ser bonzinho -deve ser parente da tia da Literatura, pois achou tudo lindo. Não lembro exatamente o que diziam ambas, mas a segunda me deixou menos lembranças do que a primeira. Dizia ela que o filme era extremamente emocional [It´s the old mamão com açúcar], quase psicologia barata, pois era tudo, mas tudo mesmo interligado [o também velho trinômio causa-consequência-explicação, não necessariamente nessa ordem] e que o vilão não convencia. 
De fato todos os argumentos são, para mim, válidos: o filme tem muitas cenas extremamente chocantes e que me fizeram encher os olhos de lágrimas (para quem me conhece enquanto telespectadora, deveras surpreendente).
A estruturação do filme em causa-consequência-explicação realmente é fastidiosa, mas não diria que é exagerada, pois nada nesse filme, com base no olhar leigo que para ele poderia dar, o é. 
O vilão realmente não convence e é, por vezes risível [QUE VONTADE DE DESCREVER UMA CENA SPOILLER.... ME SEGUREM!], mas é verossímil, bem como as teias de aranha do nosso herói, que agora fazem muito mais sentido do que antes. Sem contar que, que.... seu final é uma surpresa só. 
Porém, nem só de reclamação vivem os críticos [e eu =D]. Há que se destacar o importante papel do diálogo no filme [uma fofura quando se trata de Gwen e do nosso herói] e o bom uso de uma das minhas figuras de linguagem favoritas: a ironia: há cenas em que eles dão um viés totalmente cômico ao filme. Sim, você pode -e bastante- rir bastante nesse filme.
A trilha sonora, embora composta por poucas músicas -3 ou 4, na verdade- e embora não sendo músicas que me fizessem cantar no meio do cinema [pobre Alice!], também exerce um papel muito importante dentro da trama: ela é responsável por dar liga às cenas, clareando seu viés ora cômico, ora emocional.
A fotografia também é um caso à parte: muitas delas tem uma beleza incrível, são mesmo excelente e te deixam cada vez mais dentro do filme [ou seria a versão em 3D?] quem, aliás, é difícil de deixar de lado [Oi, eu saí praticamente expulsa do cinema, de boca aberta, quase correndo para escrever isso numa mesinha da café. Oi, sou normal... eu acho!].
Outra coisa que me surpreendeu foi o papel da mocinha [nem sei se vale por isso aqui.], que de mocinha não tem nada. Achei a Gwen muito mais independente, participativa e decidida do que os outros pares românticos de super-heróis que já vi: ela não fica esperando ser salva por ele, embora saiba que pode contar com isso, e mesmo ajuda bastante na resolução do problema. AMEI.  
Título presunçoso? Não para mim!

ps: Escrever um texto sobre um filme sendo leigo já é ruim, mas tentar não contar spoillers é ainda pior.
psII: Se puder, assista ao filme em 3D. No começo você achará que não valeu a pena, mas vai mudar de ideia razoavelmente rápido.
psIII: Se você ainda não se acostumou a ficar até o final dos créditos dentro da sala em filmes de super-heróis, fique desta vez! Tem ceninha depois =D

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