sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ratos são roedores bonitos até. Não tenho nada contra. Aliás, são úteis: ciência, psicologia.
Mas, quando ele passou por mim, passou também pelas minhas coisas...
Uma pedra, quando jogada na água, produz uma onda pequena, depois uma maior, depois outra maior que essa e mais uma maior ainda...
O rato levou embora meus doces, meus pães... trouxe o cupim da minha porta, minha mãe morta e o virar a costa...
Uma pedra, quando jogada na água, produz uma onda pequena, depois uma maior, depois outra maior que essa e mais uma maior ainda... e se dispersa.
-Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo!
-Não direi uma palavra qualquer, e sim aquela que carrega em si menções a outras... um verbo: ria!

3 comentários:

  1. Liiih, ficou perfeito, principalmente ao som de Nada por mim, do kid abelha =)

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  2. O rato riu da roupa rasgada do rei de Roma.
    viajei muito, mas tem um quê no seu texto que me lembrou esse do João Cabral: http://www.releituras.com/joaocabral_malamados.asp

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  3. Eu li e me surpreendi. Não costumo gostar muito de João Cabral e seu estilo seco, mas esse é mesmo um belo texto. Obrigada pela dica e pelo comentário. =)

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