Cheguei. Mochila jogada na cama, nariz vermelho também. Agora sou eu, exceto o resto de maquiagem.
O palco é quarto, livros, xérox, cama, pó, paredes em número de quatro.
O futuro é uma visão através da janela. Mas como é que se vê uma coisa dessas com os olhos embaçados de lágrimas?
Vergessen... alles vergessen und nichts verstehen..... Kannst du dich das vorstellen?
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Coisas de agenda, em meio a aulas.
Sei lá... não é que a aula estava chata, mas a empolgação mexeu comigo. Sendo assim, lá vai:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqp07eK8koqZr6C8bbDJRU0EEFz-y7IK912SzF4_8FEqTxcSuVJECXZ2YN-8BVgbKRz5d8tz7HBnZ_WWNwKIupFCir_RwFAKjycM1gMggLhM-FmdPj33nnF-_1QdORtYtQZhkV6HCAEPW7/s1600/WCAAAQXYXCAZXC161CAA1Z52UCA52Q0YZCATALG88CA099IIMCAL045VYCAXHGR51CA7KFT3NCA4V21FVCATFBTVGCAU6S3BNCAMMRPCWCAV42X5VCA23TQ2KCAXNNHW0CAHQ9HHSCA8HA4RBCAQS8ZTM.jpg)
Hoje uma colega de classe explicava, empolgada, o que é poesia.
Eu, mal e porcamente sentada, apenas ouvia.
Foi então que descobri porque não gosto desse gênero:
Não entendo, não ouço, não vejo...
Além disso, concisão: não tenho, apenas desejo!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqp07eK8koqZr6C8bbDJRU0EEFz-y7IK912SzF4_8FEqTxcSuVJECXZ2YN-8BVgbKRz5d8tz7HBnZ_WWNwKIupFCir_RwFAKjycM1gMggLhM-FmdPj33nnF-_1QdORtYtQZhkV6HCAEPW7/s1600/WCAAAQXYXCAZXC161CAA1Z52UCA52Q0YZCATALG88CA099IIMCAL045VYCAXHGR51CA7KFT3NCA4V21FVCATFBTVGCAU6S3BNCAMMRPCWCAV42X5VCA23TQ2KCAXNNHW0CAHQ9HHSCA8HA4RBCAQS8ZTM.jpg)
Hoje uma colega de classe explicava, empolgada, o que é poesia.
Eu, mal e porcamente sentada, apenas ouvia.
Foi então que descobri porque não gosto desse gênero:
Não entendo, não ouço, não vejo...
Além disso, concisão: não tenho, apenas desejo!
domingo, 14 de novembro de 2010
O mundo girando, caindo, se tornando mais absurdo e cada vez mais violentamente socando sua cara e você, muito pacientemente, diz, com os olhos mais verdes do que nunca, sem demonstrar nenhum cansaço, embora muito desgosto, que é preciso olhar para o futuro e calar em certos momentos para não tornar as coisas piores. E eu pergunto: de onde vem essa força, pai?
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
I was looking back on my life III
Também achei esse começo de redação, que foi baseada no seguinte poema:
" para lá da cortina além da porta errada
silêncio e só está sentado
e lê num livro velho
a sua própria história".
Devia ser quase uma hora da tarde, e lá estava eu, entre a parede branca e a cortina, que, juntas refletiam o sol e tornavam o meu quarto insuportável, de tão claro. Pensava eu que aquilo era apenas um devaneio, pois nem nos mais doces contos de fadas os quartos eram tão claros. Dada a afirmação anterior, imagine se uma vida, em algum segundo, foi um quarto de paredes brancas iluminado pelo sol.
É uma pena que eu não tenha achado o resto. Como será que essa Aline, lá esquecida no tempo, terminou essa história? A Aline de hoje diria que, certamente, ela teria alguma flor lá meio maldosa pelo caminho.
I was loking back on my life II- Música: uma musa nua.
Essa já é uma redação de Terceiro colegial, cujo tema era música. Um tema que dominou minha vida toda e acho que dominará para sempre... exatamente pelos motivos que você abaixo lerá:
Quando o cansaço é muito, quando a raiva é imensa, quando a raiva é imensa, quando os fios de vontade que nos seguram no mundo real, aquele do sofrimento, são fortes, nos resta uma saída: uma forma de se livrar dos sentimentos ruins: a arte.
A arte mais popular que conhecemos é a música. A música nos enleva, a música nos livra, a música nos liberta dos laços do que é real. Isso já é sabido. Nos resta saber o porquê.
Esse porquê parece permitir várias interpretações. Uma delas seria o fato de a música possuir em apenas três minutos ou em longas três horas, todos os altos e baixos de sentimentos sentidos pelo homem de uma maneira geral.
A música canaliza sentimentos, a música esconde sentimentos, a música revela sentimentos. A música desperta e dorma, desenvolve e revolve, descobre e recobre, discorda e concorda, dissemina e recrimina. Por isso toda a pessoa que possui um sentimento encontrará na música seus correspondentes. Identificará pessoas ou a si mesma, enfim, viverá se quer viver, morrerá se deseja morrer, sofrerá se deseja sofrer, sentirá se deseja sentir. Musa para uns, maga para outros, a música será sempre assim... INCONSTANTE!
I was looking back on my life...
Procurava um caderno de sexta série, para ver se achava algo mais acessível para meus alunos do que as coisas que levo para eles. Achei um caderno meu de quarta série, cuja matéria era a mesma. Achei também coisas e pessoas: achei minha mãe, achei João Bosco, achei Temptations, achei Straus, achei Verdi, achei o corsa vermelho Goya, achei minhas tentativas de cantoria e a paciência de minha mãe, achei Bee Gees, achei meu choro, achei a bronca, achei Super Baba ... tudo isso em fita K7. Espantei-me. Lembre-me. Também achei: meu Pozzoli, meu Bona, meus croquis, minhas cifras, meus poemas (quando foi que passei a odiar isso? Era tão bom antes!) e.... meu caderno com as etiquetas que fiz do Ozzy para colar em cima do Piu-Piu (onde meu pai estava com a cabeça quando comprou esse caderno? Piu-Piu... ora bolas! Metaleiro com caderno de bicho fofinho... bláh!). Achei dentro desse caderno um texto meu sobre meus amores não correspondidos. Nada de surpresas quanto ao tema, somente quanto à escrita. A Aline do quarto ano de Letras tem plena certeza de que não atingiria tal nível oitava série, se tentasse reescrever esse texto hoje:
Certa vez, em um lugar não muito longínquo, aconteceu um caso de amor. Foi instantâneo, repentino.
Pobre garota, andava triste como alguém que procura algo incessantemente, sem saber como achar. Ao entrar em um estabelecimento vê o que mudaria sua vida para todo o sempre.
Um rapaz magro, estatura média, aparentemente apenas mais um rapaz dentre tantos que ela já encontrara ou conhecera. Ao observar melhor, maravilhou-se. Era um rapaz de pele branca, cabelos longos de cor avelã.
Passado algum tempo, na nova escola, a garota reconhecera de beleza memorável que uma vez vira. Tudo se transformara. Não havia mal que aqueles olhos verdes e brilhantes, que para ela eram como grandes lagos de águas limpas cercados pelas areias brancas de uma praia deserta, não pudessem curar. Não havia tristeza que aquele sorriso não pudesse matar. Sua presença era simplesmente fundamental. Como um médico que visita um doente. Como a luz que ilumina todos os caminhos a seguir.
Passara o tempo, dado a garota, para que desfrutasse da presença de seu amado. Só notícias lhe restaram. Só lembranças lhe alimentavam a alma. Não havia esperanças. Nem vida. Só a dor. O lago secou. As areias foram levadas pelo vento e a luz se apagou. É a vida. É o amor. É o amante, o mais insignificante dos mortais.
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