quinta-feira, 18 de abril de 2013

God pode até estar dead, ao contrário do Sabbath!



Uma bela noite, enquanto eu tentava dormir e meu irmão usava o velho PC, arrepiei-me quando ouvi os acordes tenebrosos daquela que viria a ser minha banda de cabeceira. Era Black Sabbath, faixa da banda de mesmo nome. Desde aquele tempo, nos meus idos 12 anos, essa mistura de medo e êxtase fez com que eu mergulhasse, para nunca mais sair, dentro do universo visceral do heavy metal. Creio que comecei bem até demais.
E, para minha surpresa, treze longos anos depois dessa história e mais de trinta e cinco anos após o último CD com a banda original, surge 13, o novo álbum desses que são meus ídolos desde a mais tenra idade.
Emocionada estou, de fato, pois, guardada as devidas proporções, que aqui passam por um câncer, milhões de drogas e a perda do alcance da voz do vocalista e a palhaçada de tirar o baterista original e chamar o disco de reunião -sou fã, não retardada-, tem o mesmo mix de pânico e êxtase daquela primeira faixa.
O ousado single saído hoje, se muito não me engano, já começa dizendo a que veio: "God is dead?", um single com 9 minutos, não é ousadia para qualquer um. Tony não decepciona com o bom, velho e efetivo riff pesado, revisitando clássicos da banda como "Holly in the sky", muito menos com o resto da linha de guitarra da música, que soa e ressoa o puro Sabbath. Butler, se não sabia decidir entre um lanche ou um suco no intervalo das gravações, com o baixo tem certeza do que faz e a linha desse instrumento nesta música é genial e, com a guitarra de Iommi forma um par sensacional. O baterista não deixa a desejar, mesmo não sendo o Bill, if you know what I mean. Bill Ward fará falta para mim sim, não só por causa da reunião sem ele não ser propriamente uma reunião, mas por saber que não terei a chance de ver e ouvir ao vivo "It´s allright" e outros sons cantados por ele e também por ser ele quem é: membro fundador da banda e, como tal, um ser extremamente importante para a história da banda e do heavy metal.
E o que dizer de Ozzy Osbourne, meu amado vocalista? Bom, ele sempre será meu ídolo master, devo confessar, mas a real é que ele não tem mais a voz que tinha antes, devido aos abusos de drogas feitos durante toda sua vida e, se esse Cd teve auxílio de alguma tecnologia avançada para melhorar o som dos caras, o que eu duvido um pouco, com certeza a maior parte foi para o vocal. Isso porém, não diminui, mas nem um pouco, o efeito que Osbourne causa quando começa a cantar.
Em resumo, o que posso dizer de "God is dead?" é: matador, como o velho Black Sabbath foi. Nem vi passarem 9 minutos!

Ouça aqui e comente o que achou (desconsidere a moça atrapalhando o anda da carroagem no meio da música).

Nenhum comentário:

Postar um comentário